Reset para o ano de 2025

Cá chegamos àquela altura do ano em que se contabilizam os momentos marcantes do ano que está a acabar e se fazem planos para que o próximo ano seja melhor. No balanço de 2024, a introspeção prolongada não parece ser para todos. (É aquela desculpa da falta de tempo.) O reset para o ano de 2025 é feito com o brinde de fim d’ano ou a sua preparação começa com antecedência? Haverá alguma vantagem em pensar na vida com alguma seriedade? Para as pessoas mais planeadoras e também para as que seguem a vida de improviso, este artigo é sobre pensar na vida.

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O fim do ano parece ser o momento ideal para a reflexão e introspeção. Mais do que julgar o que fizemos, o que queríamos ter feito, o que não sabíamos que queríamos, e todos os imprevistos que a vida nos atirou, é fundamental olhar para trás com compaixão.

A autocompaixão é o resultado de um processo de evolução pessoal, também pode dizer-se desenvolvimento pessoal. É no momento que aceitamos as pequenas falhas como parte do processo de crescimento, que sabemos que efetivamente crescemos.

E o mundo também o sabe, pois a manifestação exterior dessa evolução é não ficar na defensiva ou em modo de ataque sempre que uma pequena falha é posta em evidência. A vontade de atingir a perfeição continua lá, a forma de a atingir reside na capacidade de aceitar as imperfeições.

E é isto que nos torna resilientes.

Diferentes pessoas atingem este nível de desenvolvimento em diferentes idades, algumas pessoas nunca o atingem. Estas últimas, são as pessoas que continuamente reagem a tudo como se fosse um ataque pessoal.

Pelo contrário, quando não se sentem atacadas, as pessoas mais evoluídas tornam-se invencíveis. São a serenidade no meio do caos. As verdadeiras promotoras da paz.

Olho para a minha agenda de 2024 e percebo que alguns dos objetivos que tinha traçado para este ano, transitam para 2025. E não há nada de errado nisso.

A pressão social das concretizações acumuladas a qualquer custo não me atinge, muito pelo meu percurso pessoal que é completamente divergente das normas instituídas. As vantagens da divergência são bem óbvias na saúde, na forma, na felicidade.

Um dos meus momentos mais marcantes de 2024 foi o reequilíbrio depois de um período de luto.

Quando voltei a respirar com levez a e a sorrir com vontade. Depois disso, senti todo o meu corpo a regenerar. Seguiram-se meses desafiantes, como são quase todos os meus meses, mas nenhum desafio me pareceu demasiado grande. A força interior estava ao comando.

Agora, ao olhar para trás compreendo que depois desta cura, curei algumas outras maleitas que estavam pendentes. A reconexão cura integralmente.

A vantagem de pensar lenta e demoradamente na vida é o reconhecimento das forças que ganhamos. Conscientes dessas novas capacidades, podemos planear um 2025 com mais ambição do que se nos ficarmos pela análise superficial de mais uma ano de vida banal.

As transformações pessoais resultam deste processo de compreensão. As transformações pessoais são desenvolvimento espiritual. E podem muito bem começar pelo corpo, porque o desenvolvimento é integral.

Que 2025 seja vivido integralmente por todos,

Andreia