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Terapia da Fala para bebés

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Os bebés não falam. Vais ensinar o bebé a falar? É tão pequenino, coitadinho.’ Não, a terapia da fala para bebés não ensina os bebés a falar. ‘Então? Fazes o quê?’ Para responder às muitas dúvidas que me são repetidamente colocadas, escrevi este artigo para desvendar os mistérios da terapia da fala para bebés.



Todos sabem que antes de os bebés começarem a falar precisam de um ano ou um ano e meio para desenvolverem os processos por detrás do milagre da fala.


A terapia da fala para bebés tem como alvo esses processos de desenvolvimento pré-verbais, que permitem o acesso à fala e o contínuo desenvolvimento da linguagem.


A Terapia da Fala para bebés é para quem?


A terapia da fala para bebés destina-se a crianças que têm alguma dificuldade na

  • respiração,

  • sucção,

  • deglutição

  • e/ou mastigação.

As dificuldades podem ser temporárias, como por exemplo, bebés que usam sonda nasogástrica para se alimentarem nos primeiros dias de vida e, depois não sabem executar os movimentos para mamar de forma independente. A transição para a alimentação deve ser acompanhada por um terapeuta da fala que ajude o bebé a receber os estímulos que precisa para descobrir o movimento, e para orientar os pais com as melhores estratégias.


Noutras situações as dificuldades dos bebés podem ser mais persistentes. Como no caso dos grandes prematuros, bebés com doenças genéticas ou bebés com patologias neuromotoras. Nestes casos considera-se que os bebés apresentam uma perturbação do desenvolvimento.


Os bebés com perturbações do desenvolvimento por norma necessitam de ajuda em todas as áreas acima referidas. Nestas situações, a terapia da fala para bebés começa sempre pela respiração.


E os pais?


O nascimento de uma criança altera as dinâmicas familiares. Isto acontece quer a criança seja o primeiro bebé ou o quinto. Uma nova vida traz consigo uma nova adaptação à estrutura familiar já existente. Quando a criança recém-nascida apresenta dificuldades nas competências básicas de sobrevivência, como a respiração, a sucção, a deglutição e/ou a mastigação, a pressão sobre os pais aumenta exponencialmente.


Ainda que cada família tem as suas próprias estratégias para lidar com as dificuldades, todas as famílias precisam de ajuda para adaptarem as rotinas básicas a uma criança com dificuldades de desenvolvimento.


Esta é uma excelente razão para dar apoio aos pais de bebés que necessitam de terapia da fala. A forma como a ajuda é providenciada é outra história.


Quando comecei a trabalhar sempre pedi aos pais para estarem presentes durante a terapia, para que pudessem participar e levar para casa tanto quanto fosse possível e promover o desenvolvimento das crianças em casa.


7 anos depois de ter começado a trabalhar, fiquei a viver com uma família de uma das crianças que tinha tratado durante 10 dias. E foi aí que percebi que era impossível que os pais conseguissem fazer em casa tudo aquilo que os terapeutas pedem.


A vida não é propriamente uma terapia. Viver tem muito mais do que se lhe diga do que exercitar uma ou outra competência. Quando se vive plenamente, todas as competências estão presentes quando necessitamos delas. Não há divisão, não há um elemento que sobressaia, há um constante equilíbrio, desequilíbrio, reequilíbrio.


Outra coisa importante que percebi é que os pais não são terapeutas. Embora isso seja óbvio, na prática as indicações que lhes dava eram para o formato da terapia, nesta etapa não lhes dava informação para transporem as estratégias para outro contexto ou atividade. Era uma espécie de “copy-paste’ (copia e cola), aplicado a uma criança com dificuldades.


Quando uma criança tem dificuldades de desenvolvimento a sua família tem dificuldades paralelas e complementares. Uma dessas dificuldades é saber o que fazer, pois há um mar de informação disponível para cada situação, mas nenhuma dessas informações é específica para a sua criança.


Criar um plano individualizado para apoio um bebé e a sua família é algo que requer a ajuda de uma especialista.


Pouco tempo depois de ter compreendido que os pais precisam de tanta ajuda com as crianças, fiz a certificação Hanen ‘It Takes Two To Talk’ [são precisos dois para falar], que se destina a ajudar os pais a promoverem as competências de interação, comunicação e linguísticas das crianças em diferentes fases do seu desenvolvimento. Mais tarde, fiz também formação específica sobre bebés com défice auditivo e completei as formações formais com a minha experiência pessoal e profissional, bem como com o meu próprio estudo independente. 


Sempre fui autodidata nos meus estudos, o que me faz estudar áreas complementares à terapia da fala que engrandecem o meu conhecimento. Ao integrar esse conhecimento nas minhas práticas clínicas aumento o valor do apoio que dou às crianças e às suas famílias.


Tudo isto está disponível nas minhas consultas individuais. Inclusive, tenho um programa exclusivo de apoio aos pais, onde são desenhadas estratégias para a situação específica em que os pais sentem dificuldade em ajudar a sua criança.


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E os bebés saudáveis, não precisam de respiração integral?


A respiração integral é a forma natural como os bebés saudáveis respiram.


Tive situações em que pais com bebés com alterações de sono e comportamento sentiram que os seus bebés aclamaram após alguns exercícios integrais. É uma opção que está disponível para quem quiser. A respiração é a base da fala, e da vida. Reorganizar a respiração de um bebé reequilibra a sua relação com o sistema nervoso sempre.


Não há nenhuma contraindicação nos exercícios de respiração integral e os benefícios estão sempre presentes, independentemente do grau de gravidade da situação apresentada.


Caso tenha alguma dúvida sobre a terapia da fala para bebés ou a terapia da fala para pais, agende uma chamada de descoberta gratuita para conversarmos e falarmos sobre a sua situação específica. São 15 minutos, nos quais poderá esclarecer todas as suas dúvidas.


Viva Integralmente, 

Andreia

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