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Com que energia começa o seu dia?

Atualizado: 26 de set. de 2023

– O poder do pequeno-almoço na saúde humana



Energia é tudo o que usamos para viver e é também o resultado de como vivemos. Do que fazemos, pensamos e comemos resulta a nossa marca energética, que transmitimos inconscientemente a todas as pessoas com quem nos cruzamos na vida, mesmo pessoas que não conhecemos.


Lembra-se de algum dia ter entrado numa sala e sentir uma energia muito boa? Ou de outra situação em que sentiu uma má energia?



Energia é tudo. E estamos constantemente a distribui-la.

Compreender como podemos ter melhores níveis energéticos, não diz apenas respeito à causa ecológica e às energias verdes. Trata-se de um dos elementos do desenvolvimento humano. Podemos desenvolver esta consciência em qualquer idade, mas as crianças são peritas em ler as energias da sala. É à medida que adquirem linguagem e maiores níveis de abstração, que deixam de atender a essa intuição. Como adolescentes e adultos muitas vezes desligamo-nos da nossa essência, da nossa humanidade. O resultado dessa desconexão é a progressiva desumanização da sociedade global.


Felizmente, há esperança! São muitas as comunidades e tribos que estão a repescar conhecimentos ancestrais, dos quais parece haver um esquecimento coletivo, e a integrar esses conhecimentos no estilo de vida moderno.


Esta modernidade que cruza passado e presente é uma sinergia ecológica e MUITO saudável. É a saúde integral, que requer o bem-estar de corpo, mente e espírito.

Como pressupostos da saúde integral temos o empoderamento de cada pessoa, através do autoconhecimento e da aquisição de recursos para que cada um seja independente no que toca aos cuidados básicos da sua própria saúde. A individualidade é integrada num todo complexo e dinâmico e os serviços de saúde deixam de ser consumidos de forma rotineira. Este processo evolutivo resulta da autoeducação.


A nutrição é uma das áreas em que esta sinergia entre passado ancestral e presente tecnológico mais se manifesta. Os resultados são tão impressionantes que os mais céticos chegam a falar em milagres – o que é apenas ligeiramente ridículo, visto que são céticos. Não acreditam na capacidade de autorregeneração do corpo através da nutrição adequada, mas acreditam em algo que não conseguem explicar e que teoricamente apenas possível pela intervenção de uma divindade. A prova de que os paradoxos estão por todo o lado, até mesmo nas tribos dos céticos.


O que é uma nutrição regenerativa?


Ao entrar numa superfície comercial na europa ocidental vai encontrar as prateleiras recheadas de alimentos processados. Se fizer um esforço de memória talvez perceba que o espaço que é dedicado aos alimentos frescos tem vindo a diminuir ao longo dos anos.


O espaço de prateleira é usado para os produtos alimentares que as pessoas mais compram. Os alimentos processados são convenientes e o comodismo dita as escolhas alimentares da maioria das pessoas.


O problema dos alimentos processados são os conservantes, aditivos para dar sabor, excesso de sal e de açúcar, as embalagens descartáveis que nem sempre é possível reciclar, e a ausência de nutrientes densos que alimentem as células do corpo adequadamente.


Uma alimentação à base de produtos processados pode ser rica em açúcares, sal, gorduras e até mesmo proteínas, no entanto é deficitária em micronutrientes.


O resultado deste tipo de alimentação são corpos viciados em comidas açucaradas e salgadas, gordos e ao mesmo tempo famintos, pois o corpo não recebe os nutrientes necessários para a manutenção da vida. Parece uma contradição, contudo esta é a realidade de milhões de pessoas em todo o mundo. Este é o processo que tem desencadeado as epidemias silenciosas da diabetes e da obesidade.


As suas vítimas são pessoas que comem em excesso porque o corpo está sempre em défice de nutrientes, não porque não tenha recebido alimento, mas por os alimentos ingeridos estarem vazios de micronutrientes.


Como é que os alimentos verdadeiros afetam a sua energia?


Atualmente, falamos de alimentos verdadeiros quando nos referimos a alimentos integrais ou frescos de origem biológica. Estes são alimentos com uma densa concentração de nutrientes, o que faz com que o nosso corpo não esteja constantemente a pedir mais comida, pois as suas necessidades nutricionais estão a ser acuteladas.


A comunidade científica tem estudado a densidade de nutrientes dos alimentos. Dos resultados dos estudos sabemos que os alimentos processados (ou industrializados) estão esvaziados de nutrientes, e sabemos ainda que mesmo as espécies atuais de vegetais têm menos densidade de nutrientes do que as espécies de plantas ancestrais.


O conhecimento científico tem levado vários nichos de ecologistas a colocarem os seus esforços na recuperação de cereais ancestrais. Em Portugal temos, pelo menos, duas variedades de trigo ancestral que estão a ser recuperadas. Uma dessas variedades é o trigo barbela, originário de Trás-os-Montes, a outra é alentejana e chama-se trigo bisanzio.


Por norma, encontra pão feito com estes trigos em padarias artesanais e biológicas, em que o pão é feito sem fermento químico, recorrendo à antiga técnica da massa-mãe para levedar.


Os alimentos verdadeiros deixam o corpo num estado de equilíbrio, por oposição aos alimentos processados que deixam o corpo com défices de nutrientes.

Ao dar ao seu corpo a nutrição adequada os seus níveis de energia vão manter-se estáveis ao longo do dia. Esta estabilidade bioquímica leva a níveis de produtividade mais elevados, seja qual for a sua profissão.


É assim que deve começar o dia,


O pequeno-almoço define o formato do seu dia energético, pois é a primeira dose de energia que o seu corpo recebe. A resposta do organismo ao alimento vai permitir-lhe fazer as mesmas atividades que sempre fez e demorar muito mais tempo a atingir níveis de cansaço.

Um pequeno-almoço nutritivo tem de ir além do tradicional pão com queijo e meia de leite, ou a sandes mista e o café. Terá de fazer melhor do que isso porque a maioria do pão que comemos só tem calorias vazias. Mesmo que opte pelo pão integral, o trigo utilizado +ara o produzir não tem a densidade de nutrientes para alimentar um ser humano durante uma manhã.




Eu começo o dia com sumo de uma laranja, para me certificar de que recebo a vitamina C logo pela manhã. Seguido de fruta (por norma frutos vermelhos da época) com flocos de cereais integrais e biológicos, algumas sementes, pepitas de cacau cru e canela. Há dias que envolvo tudo em kefir ou iogurte. Depois tomo um chá com uma fatia de pão de vários cereais integrais que faço em casa com massa-mãe (mas encontra este tipo de pão à venda em padarias artesanais e mercearias biológicas). Acrescento uns frutos secos para alimentar o meu cérebro com uma dose extra de carinho.


Os autocuidados enviam uma mensagem energética ao nosso corpo. Reforçam o sistema imunitário e baixam os níveis de ansiedade que muitas vezes a sociedade em que vivemos reforça.


Quando vou à piscina faço uma mistura de cereais cozinhado, para acelerar a digestão do pequeno-almoço, ainda que mantendo os nutrientes que o corpo necessita para o exercício.

O pequeno-almoço deve ser adequado à atividade que vai ser realizada ao longo da manhã.

Para as crianças e adolescentes que passam a manhã nas aulas, presenciais ou virtuais, a fruta e os cereais integrais sem açúcar e com hidratos de carbono de libertação lenta são a melhor opção para os manter atentos e disponíveis para aprender por mais tempo. Um elemento que esquecemos com regularidade são as gorduras saudáveis, por isso os frutos secos ou as sementes não são uma extravagância.


Quando a sociedade nos apressa,


Demore-se a tomar o seu pequeno-almoço. Reserve 30 minutos para a refeição que vai definir o seu estado de espirito ao longo do dia. Lembre-se que a forma como responde aos desafios que a vida de coloca depende dos seus níveis de energia que se traduzem no seu estado de espirito base. Não vai perder meia hora de sono, vai ganhar horas de trabalho produtivo ao longo do dia.

Há quem diga que a saúde não se compra. Eu digo que essas pessoas não percebem muito de saúde. Cada escolha que fazemos no supermercado ou na mercearia reflete-se na nossa saúde. Compramos literalmente a saúde que temos. Se queremos saúde integral, temos de comprar em alimentos integrais, alimentos de verdade.


Viva integralmente.



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