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Como a Inovação dá Saúde


Imagem de capa do artigo do blogue Integralmente, com fundo futurista de um robot em tons de azul e roxo. Título, como a inovação dá saúde e a foto da autora andreia Ferreira Campos

Como inovar para ter saúde?


A inovação é a criação de valor num serviço ou produto totalmente novo, ou a redução de custos por ganho em eficiência em algo que já existe. Neste último caso, passamos a inovar quando fazemos o mesmo de forma diferente, ou seja quando fazemos melhor.


Como se inova em saúde? Com novas tecnologias? Novos medicamentos? Onde está o aumento da eficiência nos serviços que nos recomendam? Em que queremos apostar quando falamos de inovação em saúde? Neste artigo exploramos 3 inovações possíveis na área da saúde humana. Quer ser mais saudável? Saiba onde e como deve inovar quando escolhe serviços diferenciados.

 



Quantas vezes lhe anunciam um serviço ou um produto novo como inovador, de vanguarda? Se estiver com atenção à área dita da saúde, não lhe faltam lançamentos de produtos e serviços todas as semanas. Pode mesmo fazer um circuito e perseguir lançamentos na sua agenda – se for esse o tipo de coisa que lhe faz feliz!


O paradigma não é propriamente novo. A população está a envelhecer, o que significa que vive mais anos, por isso quer viver mais com qualidade de vida (que na prática se traduz em saúde), e mais vezes que muitas isso é confundido com a segurança de ter cuidados adequados quando se está doente.


A maioria dos serviços de saúde são, na verdade, serviço de doença. Neles nada é feito para promover a saúde, para evitar que fique doente, estão exclusivamente orientados para tratar das doenças depois destas se terem manifestado.

Neste velho paradigma que rege os investimentos que são feitos em saúde, percebe-se que grande parte dos investimentos são feitos com a certeza de que você, e todos os outros, vão ficar doentes. Assim, a economia da saúde, na prática, não é mais do que a economia da doença.


A inovação na economia da doença é feita através de novos medicamentos, que atuem melhor ou mais rápido do que os anteriores, na aceleração dos processos de diagnóstico, por exemplo com novos equipamentos, ou no desenvolvimento de novos equipamentos para intervenções cirúrgicas mais eficazes.


Este é o tipo de inovação que nos dá segurança de sermos tratados quando estamos doentes, mas não nos dá saúde para termos uma vida sem doenças.


A aposta na doença é reativa. O investimento em saúde (na promoção da saúde) é uma ação proactiva.


Quando deixa de reagir e começa a cultivar saúde, a respirar saúde, a dar mais saúde à sua vida, a probabilidade de necessitar dos tradicionais serviços de saúde (os tais que deviam chamar-se serviços da doença) é menor.


Como a inovação dá saúde?


Dada a definição de inovação (criação de valor), os serviços inovadores na área da saúde são os serviços que promovem o desenvolvimento integral do ser humano, os que lhe permitem viver com saúde, evoluir continuamente ao longo da vida.


Se tem um problema de desenvolvimento na infância, a inovação será um serviço mais rápido, que permita o desenvolvimento autónomo progressivo. Ou poderá ser um serviço que consiga novos resultados que antes não conseguiam ser alcançados.


Se tem uma dificuldade de saúde pontual (aguda), os tradicionais serviços de saúde são a sua melhor opção.


Se a sua saúde “está bem e recomenda-se”, e quer conservá-la tanto quanto possível, os serviços de saúde inovadores são os que lhe permitem desenvolver-se de forma integral.


À primeira vista pode parecer que estou a tentar vender-lhe os meus serviços de terapia da fala, porque são inovadores e encaixam na perfeição na descrição que acabei de escrever. É claro que isso é verdade! Eu quero, sem dúvida que olhe para os meus serviços e perceba a diferença entre um serviço que promove a saúde, e um outro que remedeia uma qualquer situação sem a resolver. Mas também quero ir mais longe!


No que toca à inovação, quero que se convença que deve inovar na perceção que tem da saúde.


Sempre que se alimenta pode estar a comer saúde ou não. Sempre que respira pode estar a respirar saúde ou não. Sempre que se move, pode estar a produzir saúde ou não.


O que somos é o resultado das escolhas que fazemos todos os dias. Ser saudável significa fazer escolhas de saúde todos os dias. É por isso que os autocuidados são tão importantes. A beleza, a vaidade, a autoestima são os alicerces de uma saúde longa. Combinam muito bem com a longevidade que ganhamos nas últimas décadas.


Sabia que a cada década, a esperança média de vida aumenta 2 anos?


Isto significa que a probabilidade de termos cada vez mais pessoas com 100 anos é maior do que em qualquer outra época na história da humanidade. Quer queira, quer não, chegar aos 100 anos pode já ser uma certeza para si.


Se tem 30 anos, viveu apenas um terço da sua vida. Como quer viver os restantes 70 anos?


Se tem 40 anos, o que pretende fazer com os 60 anos que lhe restam? Como quer vivê-los? O que quer fazer? O que não quer que lhe aconteça e está ao seu alcance evitar?


Se tem 50 anos, considere que apenas viveu metade da sua vida. Como quer viver a outra metade? Em que áreas pode ser proactiva(o) para garantir uma vida independente, com saúde?


Este aumento da esperança de vida levanta questões relativamente à economia e segurança social. Fará algum sentido a reforma aos 65 ou 68 anos quando se vive até aos 100? Quererão as pessoas saudáveis reformar-se nessas idades?


O envelhecimento está a mudar


As pessoas consideram-se velhas cada vez mais tarde, quando têm saúde. Se perdem a saúde, nomeadamente, devido às doenças crónicas que resultam do estilo de vida que escolhem, responsabilizam a velhice, para não se sentirem culpadas. A questão é que as doenças, que são evitáveis, surgem cada vez mais cedo, por vezes na segunda década de vida. No entanto, as pessoas da mesma idade com estilos de vida saudáveis não ficam doentes, nem se sentem envelhecidas.


Associada ao livre-arbítrio surge uma multiplicidade de envelhecimentos.

Como cada um de nós envelhece é variável. Sabemos que apenas 20% dos fatores de envelhecimento são genéticos, todos os restantes 80% estão ligados aos serviços e produtos de saúde em que escolhemos investir. Mais uma vez, a diversidade é a regra na sociedade humana, mais ou menos envelhecida.


Adeus tradição!


A revolução da esperança de vida da população mundial implica mudanças em todas as áreas das nossas vidas.


O imperativo da longevidade pressupõe a criação de valor em saúde por muitos anos, o que requer mais competências sociais, maior sentido de comunidade entre as pessoas que nos são próximas.


As consequências  da longevidade já são visíveis: pessoas que vivem mais têm menores períodos de sofrimento quando chegam ao fim da vida, enquanto as pessoas que morrem mais cedo tendem a ter tempos de doença prolongada, com sofrimento, durante anos.


As pessoas com mais anos de vida tendem a morrer nas suas casas durante a noite ou a terem períodos de sofrimento (doença) de cerca de 6 meses. Por oposição a pessoas que morrem mais novas (exceto acidentes, crimes ou desastres naturais), que perecem durante anos, tendo, por norma, menor qualidade de vida.


É o tudo ou nada:

Quer viver mais e melhor? Ou menos e não tão bem?


Eu já fiz a minha escolha. Tem liberdade para fazer a sua também.


Por onde começar? Comece pela respiração!




Viva integralmente,

Andreia


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